Às vezes pergunto-me
quantas veias vale um coração.
Às vezes pergunto-me
quantas moedas vale um poema.
E logo respondo
que o coração sente sem veias
e que o poema sofre sem moedas.
O poema chora sem moedas.
O poema chora com moedas.
Mas com moedas choro eu
por ele também.
Por isso,
este poema é de graça,
este poema - oiçam bem - é de graça.
Aproveitem.
Poucos sentimentos
são desperdiçados desta maneira.
Segunda-feira, 13 de Outubro de 1997
SAC
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