Estou de pé à espera de autocarro.
Com uma mão bebo a minha chávena,
com outra tiro roupa de um armário
e faço as malas para fora daqui.
Cheguei à conclusão que a chávena
era de louça e não se podia beber
e que o armário era imaginário
quando um autocarro me encheu as calças de água.
Enquanto os outros, desesperados,
gritavam, berravam, coitados,
eu sorri, conformado: não havia nada a fazer.
Quarta-feira, 6 de Novembro de 1996
SAC
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