Poeta!
Escreve-me um beijo
de que ela goste
porque eu gosto tanto dela.
Escreve-me o desejo
deitado ao mar.
Escreve-me o mar
deitado ao rio.
Escreve-me um relógio
sem ponteiros.
E um comboio
sem carris.
Escreve-me a morte
sem medo.
E a vida
sem alibis.
Escreve-me um precipício.
E escreve depois a minha queda
naquela boca tão feliz.
Escreve-me o Oceano
numa gota.
E talvez imagines este sentimento
dentro de mim.
E talvez imagines
a força que faço...
E agora peço-te:
escreve-me um lenço
porque a força que faço
é para não chorar.
P’ra não chorar
de tanto gostar.
Quinta-feira, 19 de Abril de 2001
S.A.C.
S.A.C.
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