Um chupa-chupa amarelo,
um relógio sem ponteiros,
um televisor por acender,
um isqueiro sem cigarro,
um automóvel descapotável,
uma nau dos descobrimentos,
uma caneta cheia de tinta
e um papel cheio de branco.
Um banco com dinheiro
e sem ninguém sentado em cima,
uma toalha azul numa mesa,
uma mesa num bar castanho.
Um tijolo numa parede sozinha,
uma parede desenhada num guardanapo,
um guardanapo nos lábios de uma mulher.
Ainda bem que posso ser tudo isso, em pensamento
Quinta-feira, 2 de Outubro de 1997
Santos - Lisboa
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